Neste 8 de março mulheres dizem NÃO à guerra

06/03/2006
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A Campanha "Mulheres dizem NÃO à guerra" foi lançada pelo grupo Code Pink, dos Estados Unidos, uma organização que exige o fim da ocupação ilegal do Iraque. Em todo o mundo estão sendo recolhidas assinaturas que serão entregues no dia 8 de março em atos em frente aos consulados e embaixadas dos Estados Unidos. Aqui no Brasil os grupos de mulheres já estão organizados e recolhendo os apoios. O ato no consulado deverá ocorrer na semana da mobilização mundial contra a guerra e a ocupação do Iraque (18 de março). Em São Paulo, durante a passeata do movimento de mulheres, marcada para as 14 horas no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista, o tema da guerra será apresentado. O tema da guerra transforma-se em pauta do movimento feminista a partir das análises globais das conseqüências dos confrontos bélicos: as mulheres são vítimas da violência sexual e assassinatos; mulheres e crianças morrem mais do que soldados; as necessidades cotidianas em regiões de conflito têm que ser resolvidas pelas mulheres. Ou seja, o tema nos atinge e provoca a mobilização dos movimentos sociais por ser um assunto que engloba, além das questões de soberania dos países, a vida cotidiana das mulheres. Informações: Marcha Mundial das Mulheres (11)3819-3876 Um chamado das mulheres pela paz Uma proclamação urgente Nós, mulheres dos Estados Unidos, Iraque e mulheres de todo o mundo, já não temos mais paciência nem para a guerra sem sentido no Iraque e nem para os cruéis ataques contra outros países no mundo. Já enterramos muitos de nossos seres queridos. Já vimos demasiadas vidas mutiladas pelas feridas físicas e psicológicas. Já vimos com horror como nossos recursos preciosos são utilizados para a guerra, enquanto as necessidades básicas de nossas famílias (comida, habitação, educação, saúde) não estão disponíveis para eles. Não temos mais paciência para viver com medo constante à ameaça da violência e ver o crescente câncer do ódio e da intolerância que estão aumentando e entrando em nossas casas e em nossas comunidades. Este não é o mundo que queremos nem para nós, nem para nossos filhos. Com o fogo no estômago e o amor no coração, nós, mulheres, estamos nos levantando, sem fronteiras, para unir-nos e demandar um fim ao derramamento do sangue e da destruição. Vimos como a ocupação externa do Iraque tem originado um movimento armado em contra, perpetuando um ciclo de violência sem fim. Estamos convencidas de que este é o melhor momento para fazer a transição de um modelo militar para um modelo de resolução do conflito de forma pacífica ou da mediação que inclua os seguintes fatores: • A retirada de todas as tropas e dos combatentes estrangeiros do Iraque; • A reincorporação dos iraquianos deslocados à sociedade iraquiana; • A representação das mulheres no processo de construção da paz e um compromisso com a igualdade completa da mulher no Iraque após o término da guerra; • Um compromisso de descartar a construção de todas as bases militares estrangeiras no Iraque; • O controle do petróleo e de todos os outros recursos deve estar nas mãos dos iraquianos; • A denúncia das leis de privatização e de desregulamentação, impostas sob a ocupação, permitindo aos iraquianos formar a trajetória econômica independente após a guerra; • Um esforço massivo para a reconstrução que priorize empresas iraquianas e que use recursos financeiros dos países responsáveis pela invasão e pela ocupação do Iraque; • A inclusão de uma força internacional provisória de paz, verdadeiramente multilateral e que não esteja composta por nenhum dos países que participaram da ocupação. Para concretizar esse processo de paz, estamos criando um movimento massivo de mulheres de várias idades, de diferentes raças, religiões, migrantes e nativas, ultrapassando fronteiras e tendências políticas. Juntas, vamos pressionar os nossos governos, as Nações Unidas, a Liga Árabe, os Prêmios Nobel da Paz, os líderes religiosos e outros membros da comunidade internacional, para por fim ao conflito armado e negociar uma solução política. Nessa época de fundamentalismo divisor, chamamos os líderes do mundo para se unirem conosco para avançar nos valores fundamentais do amor da família humana para proteger nosso precioso planeta. Mulheres para a Paz Clique aqui e faça o download do abaixo assinado Página da organização Code Pink http://www.womensaynotowar.org.
https://www.alainet.org/pt/articulo/114496

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