Uruguaiana: trabalhadores de três países dizem não à Alca

04/08/2002
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Cerca de 8 mil trabalhadores brasileiros, mas também argentinos e uruguaios participaram ontem da 7ª edição da "Marcha dos Sem" ocorrida em Uruguaiana, tendo como centro a luta contra a Alca. A cidade gaúcha, com 130 mil habitantes, foi escolhida por ficar a apenas uma ponte de distância da Argentina e a menos de 50 quilômetros do Uruguai. A marcha foi organizada pela CUT Brasil, CTA Argentina e PIT-CNT Uruguaia, Frente Ampla do Uruguai, CMP, MNLM, CONAM, MTD, MST, UNE, Ubes, PT, PCdoB, PSB, PSTU e PCB. "A Alca significa a anexação" A caminhada que se iniciou às 9:30h, percorreu 1,5 km na cidade e na ponte que liga Brasil e Argentina aconteceu o encontro com mais mil trabalhadores ativistas da CTA, onde às 11:30h realizou-se um importante ato político que coroou a unidade dos trabalhadores latino-americanos contra a Alca. Falaram no ato os partidos políticos de esquerda, um representante do movimento popular, o Vice Governador gaúcho Miguel Rosseto e as Centrais dos três países. Representando o PCdoB, falou o vereador de Porto Alegre e candidato a Deputado Federal, Raul Carrion: "A Alca significa a anexação dos países latino-americanos pelo imperialismo dos EUA. A volta ao colonialismo representando um golpe na soberania dos países do continente, um violento ataque à democracia e um retrocesso sem precedentes nos direitos sociais dos trabalhadores", afirmou ele. O vice governador Miguel Rosseto conclamou à unidade dos povos para derrotar o neo-liberalismo e disse que a Alca é mais uma das faces desta política em curso no mundo. CUT chama à participação no plebiscito Já o presidente da CUT, João Felício, disse que "a CUT está plenamente engajada na campanha contra a Alca". E convocou os trabalhadores a se mobilizarem para o plebiscito nacional de 1º a 7 de setembro de 2002. Felício lembrou ainda que a Alca significa um violento ataque aos direitos dos trabalhadores, aos interesses do Brasil e dos demais países sul-americanos. "A avaliação da atividade é positiva, já que teve visibilidade internacional, foi marcada pela unidade classista dos trabalhadores dos três países e principalmente pelo eixo político de dizer não à Alca, basta de desemprego, pela garantia dos direitos sociais dos trabalhadores e pela autodeterminação dos povos", assegurou João Carlos Moraes, Coordenador Estadual da Corrente Sindical Classista, CSC/CUT. Sônia Corrêa, Uruguaiana
https://www.alainet.org/pt/articulo/106203
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