Os “FCF” e os FDP”
28/06/2007
- Opinión
A BBC criticou em Londres a ação policial no chamado Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. Disse que a Polícia carioca matou nove traficantes e dez inocentes. O governo do Estado proibiu a presença de um médico indicado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar as autópsias e há temores que os laudos sejam emitidos buscando esconder a violência policial.
Os jovens assassinados no Complexo do Alemão são os clássicos “FDP”. São os que vendem cocaína, maconha e outras drogas para os “FCF” (Filhos dos Condomínios Fechados) que, por sua vez se dedicam ao “esporte” de assaltar e espancar “prostitutas”. Registre-se que a avaliação é feita por eles mesmos.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, que há dia defendeu a liberação da maconha, chegou de Lisboa e não quis falar sobre o assunto.
Para as várias entidades de direitos humanos e universidades que estudam ações policiais, a polícia do Rio de Janeiro é mais letal que qualquer outra em qualquer parte do mundo e nem por isso a criminalidade diminuiu. Pelo contrário, aumenta dia a dia e o Rio, a cada dia, se torna uma cidade menos habitável.
Neste ano de 2007 o número de mortos em confronto com a Polícia, em igual período do ano passado cresceu 36,5% segundo revelação do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes.
E, curiosamente, no governo Sérgio Cabral caíram as apreensões de droga e armas pela Polícia, tomando como base igual período do governo Rosinha Garotinho (conseguir se pior que Rosinha, a que é “gual a Jesus Cristo”, é desmoralizante).
A pesquisadora Leonarda Musumeci, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, avaliou o avanço do número de mortes relacionadas à ação de policiais. "Os dados mostram que não há uma redução nem da violência policial nem da criminalidade geral no Rio. A justificativa seria, em tese, combater a criminalidade, mas ela não diminuiu, isso é só violência."
A classe média que mora em condomínios fechados continua subindo os morros e comprando as drogas sem problemas. Em seguida, como se viu, em exercícios de moralidade puritana e ações para exemplar “pecadores” e “pecadoras”, sai agredindo pessoas em pontos de ônibus antes de se recolherem ao “lar”.
Para seus pais, os que moldam o modelo digamos assim, não deveriam estar presos, pois “são jovens de caráter e estudam em faculdades”.
O que o aparato policial chama de traficantes e bandidos são meninos de 12, 13 e 14. Típicos “FDP” no jargão oficial.
No meio disso tudo as “suburbanas vagabundas”, segundo um dos estudantes presos, “essas mulheres que chegam aqui e ficam usando o corpo para conseguir as coisas”. Ou seja, segundo os “FCF”.
É por aí que o ser/mercadoria não percebe que está sendo engolido por uma imensa caçapa que rotula e espreme gente decente como a moça Sirlei. O ser com carimbo de validade.
Os jovens assassinados no Complexo do Alemão são os clássicos “FDP”. São os que vendem cocaína, maconha e outras drogas para os “FCF” (Filhos dos Condomínios Fechados) que, por sua vez se dedicam ao “esporte” de assaltar e espancar “prostitutas”. Registre-se que a avaliação é feita por eles mesmos.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, que há dia defendeu a liberação da maconha, chegou de Lisboa e não quis falar sobre o assunto.
Para as várias entidades de direitos humanos e universidades que estudam ações policiais, a polícia do Rio de Janeiro é mais letal que qualquer outra em qualquer parte do mundo e nem por isso a criminalidade diminuiu. Pelo contrário, aumenta dia a dia e o Rio, a cada dia, se torna uma cidade menos habitável.
Neste ano de 2007 o número de mortos em confronto com a Polícia, em igual período do ano passado cresceu 36,5% segundo revelação do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes.
E, curiosamente, no governo Sérgio Cabral caíram as apreensões de droga e armas pela Polícia, tomando como base igual período do governo Rosinha Garotinho (conseguir se pior que Rosinha, a que é “gual a Jesus Cristo”, é desmoralizante).
A pesquisadora Leonarda Musumeci, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, avaliou o avanço do número de mortes relacionadas à ação de policiais. "Os dados mostram que não há uma redução nem da violência policial nem da criminalidade geral no Rio. A justificativa seria, em tese, combater a criminalidade, mas ela não diminuiu, isso é só violência."
A classe média que mora em condomínios fechados continua subindo os morros e comprando as drogas sem problemas. Em seguida, como se viu, em exercícios de moralidade puritana e ações para exemplar “pecadores” e “pecadoras”, sai agredindo pessoas em pontos de ônibus antes de se recolherem ao “lar”.
Para seus pais, os que moldam o modelo digamos assim, não deveriam estar presos, pois “são jovens de caráter e estudam em faculdades”.
O que o aparato policial chama de traficantes e bandidos são meninos de 12, 13 e 14. Típicos “FDP” no jargão oficial.
No meio disso tudo as “suburbanas vagabundas”, segundo um dos estudantes presos, “essas mulheres que chegam aqui e ficam usando o corpo para conseguir as coisas”. Ou seja, segundo os “FCF”.
É por aí que o ser/mercadoria não percebe que está sendo engolido por uma imensa caçapa que rotula e espreme gente decente como a moça Sirlei. O ser com carimbo de validade.
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