Terrível impostura

23/03/2020
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Desde 1095, a Banca desenvolveu estratégias para acumular dinheiro a custa da fome e da morte de milhões de seres humanos. Em 1315 a Banca Veneziana, que lidava com o crédito papal, desenvolveu estratégias de apropriação de terras e bens mediante hostilidades, empréstimos, interesses e impostos aos agricultores e comerciantes que terminavam em mãos dos Papas. Afetavam as colheitas, controlando a produção de alimentos. Produziam fome e mortes que terminavam por reduzir a população. Em 1320, os nobres venezianos (Astirsiena, Franchecci, Scali, Peruggi, Buonacuorsi), criminosos vestidos de banqueiros, vendo-se perto da falência enquanto morriam milhares de pessoas em meio da peste negra, aproveitaram para mudar a economia, modificando o padrão monetário. Veneza foi o maior êxito comercial da idade média, cidade sem indústria a exceção da construção naval militar com a qual chegou a dominar o mundo mediterrâneo e controlar um império através da mera empresa comercial. No século XIV se encontrava no auge de um de seus maiores períodos de êxito e poder (Braudel).

 

A cada 100 anos esses criminosos usam o mesmo álibi: já não com guerras convencionais, mas sim com bioterrorismo e armas bacteriológicas para, em meio do pânico mundial e o terror coletivo induzido desde a globalização midiática, mudar as regras do jogo social e impor a nova ordem mundial almejada. A quem interessa esse jogo geopolítico? É a eliminação global do dinheiro efetivo pela moeda virtual? Que tipo de economia nos espera depois desta brutal recessão global? Aplicam armas brandas cognitivas que destroem o tecido social. “Sociecídio” apoiado numa democracia de emoção. Uma emoção coletiva, sincronizada e globalizada, na qual o modelo poderia ser o de um televangelismo pós-político. Uma Infowar imposta pela comunicação instantânea, na qual as armas de destruição em massa cedem sua primazia estratégica a essas armas de comunicação massiva. (Virilio) Peste negra ontem, queda das Torres Gêmeas como impostura, Coronavirus hoje como tática de eutanásia e darwinismo social. Máquina de guerra contra a humanidade, que as vezes com o critério fraudulento da ciência e da proteção dos direitos humanos, mata aquilo que é humano, daí seu sucesso: entra inadvertidamente se faz amigável, confiável, destruindo como Cavalo de Troia, nossas defesas. Eles tentam encobrir os interesses do FMI, aquele que se queixa da longevidade de nossos idosos, casualmente os maiores afetados pela pandemia e das multilaterais que pretendem nos impor agendas que destroem nossa soberania, induzindo padrões de consumo e de comportamento, mediante um estado de exceção mundial e da domesticação, através de vacinas desconhecidas.

 

Frente a essa guerra branda, oponhamos nosso modelo de defesa cívico militar. Evitemos que façam parte de nosso sistema para debilitar-nos. Qualquer antídoto ou cura deve ser avaliada e examinada exaustivamente por equipes nacionais de especialistas. O vital é a saúde que está em risco.

 

A “governança mundial” atua de distintas maneiras: não puderam impor a sangue e fogo seu modelo, agora o imporão via atenção humanitária e sanitária global. Apostemos com nossa própria ciência e nossos cientistas, incluindo as alternativas que desde a bionanotecnologia existem em nosso país, tratamentos alternativos, uso de alcaloides e nano partículas de plantas autóctones e dispositivos de multifrequências para afetar a genética deste vírus. Nosso governo e nossa Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), garantias da soberania, devem evitar que minorias imponham, desde o poder global, ficções sanitárias que capturem a maioria quantitativa, roubando-lhe sua potência. Devem velar pelo bem comum e atuar em conjunto contra a reengenharia social exterminadora, porque juntos somos poder e potência, mas conscientes de sê-lo. Desde nossa imanência e necessidades, desenvolvamos nossas próprias políticas de supervivência e sobrevivência da comunidade, conectada e comunicada. Implementar e aplicar protocolos de proteção da soberania da população, frente a qualquer poder externo; examinar todo medicamento, vacina e alimento para não venha a ser pior o remédio que a doença. Isso, mediante um comitê ou grupo de técnicos que estejam à disposição da pátria e dos venezuelanos e venezuelanas. Não podemos entregar nosso Conatus populacional: capacidade de perseverar em nosso ser de venezuelanos, dispostos a lutar e sobreviver, enfrentando a um terceiro em defesa de nossa pátria e gentilício.

 

Atuemos, desde nossa potência social, na conexão e na comunicação tornadas em um contrapoder, entendendo que tudo aquilo que impeça a comunicação pertence às elites minoritárias usurpadoras da potência da comunidade humana e natural. Lutemos contra essa terrível impostura que busca romper a globalização comercial e impor normas de ortopedia social e globalização da micropolítica com sistema de protocolos.  Resulta primordial defender-nos com nossas próprias armas e sabedoria. É um assunto de soberania e supervivência como humanos.

 

- María Alejandra Díaz é advogada constitucionalista venezuelana, integrante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

 

Tradução: Anisio Pires

 

https://www.alainet.org/es/node/205404

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