Jornada nacional de lutas já tem avaliação positiva

11/11/2004
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Apesar de ainda estarem acontecendo mobilizações em algumas regiões do país, o Movimento dos Atingidos por barragens – MAB - avalia positivamente os atos desta semana. Foram mobilizados em torno de 5 mil atingidos nos estados da Paraíba, Pará, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Minas Gerais. Cada uma das regiões se manifestou apresentando uma pauta específica, mas todas elas também fizeram a denúncia do modelo do setor elétrico brasileiro que desabriga milhares de pessoas com a construção de barragens, ainda exclui milhares de famílias ao acesso a energia elétrica e coloca tarifas altíssimas, impossibilitando a população de baixa renda de fazer o pagamento. No entanto, nesta jornada de lutas o MAB também apresenta novas propostas para a produção de energia, como a energia eólica e a biomassa. As manifestações denunciam que no Brasil, de cada 10 famílias atingidas, apenas 3 recebe algum tipo de indenização e que a energia produzida não está a serviço a população brasileira, pois os principais beneficiados têm sido as grandes empresas que dominam o setor elétrico. José Josivaldo Alves, da direção nacional do MAB diz que a energia elétrica está se transformando numa grande mercadoria, onde grandes grupos econômicos dominam e obtém grandes lucros. "Podemos dizer que não existe um interesse no desenvolvimento do país, mas no desenvolvimento das empresas privadas, donas de barragens, que querem tomar conta da água e da energia dos brasileiros", denuncia Alves. Gilberto Gervinski, também da direção nacional do Movimento, afirma que as mobilizações desta semana deram seguimento às lutas nacionais deste ano que iniciaram em março com o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens e depois em maio, com a Marcha Nacional 'Águas pela Vida', em direção à Brasília. "Mais uma vez conseguimos denunciar para a sociedade brasileira a problemática dos atingidos por barragens e questionar o governo e as empresas construtoras para que tomem medidas emergenciais para solucionar as pendências sociais e ambientais causadas pela instalação das hidrelétricas", finaliza. Para Eloir Vieira Soares, liderança do MAB na região de Barra Grande, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as mobilizações nacionais reforçaram a luta dos atingidos na sua região e, na soma com fatores locais, pressionaram para a empresa Baesa, consórcio responsável pela obra, a abrir caminhos para a negociação com o MAB. A pauta de reivindicação do MAB para estas mobilizações é a solução imediata das pendências sociais em ambientais em cada uma das barragens, terra para reassentamento das famílias atingidas, acesso da população à energia e redução do custo para o consumo doméstico. 11 de novembro de 2004 Assessoria de Comunicação do MAB
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