Lula 2017

13/01/2017
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O ano passado foi certamente um dos mais tristes da vida política do Lula. Sua fisionomia, saindo com a Dilma do Palácio do Planalto, era a cara de tristeza de todos nós. Mais ainda dele, com a consciência plena de que ali, naquele momento, terminava o extraordinário ciclo político que ele havia iniciado 13 anos antes. Com a consciência de que o que estava em jogo não era apenas a democracia, mas o destino dos milhões e milhões de brasileiros que haviam melhorado tanto de vida desde que ele tinha assumido a presidência do Brasil.

 

Um ciclo pelo qual ele havia batalhado durante quase duas décadas, perdido três vezes, se dito que em 2002 ele fazia sua ultima tentativa e que, daquela vez, teria que ser pra vencer. E venceu. E comandou a maior transformação que o Brasil já viveu, fazendo não apenas com que todos os brasileiros comessem três vezes ao dia, como vivessem o maior processo de ascensão social que já tivessem vivido.

 

Quando ele saiu da presidência, em 2011, ele considerava que tinha deixado um processo consolidado, sem maiores riscos de retrocesso, tal o apoio – de mais 80% - que ele tinha da população, como forma de expressão da concordância da grande maioria com o que tinha sido seu governo. Se tratava de aprofundar as transformações iniciadas no seu governo e consolidá-las.

 

Quando as ofensivas da direita começavam a demonstrar sua vontade de terminar com os governos do PT de qualquer maneira, Lula começou a dizer que só voltaria a ser candidato se houvesse o risco da direita voltar ao poder.

 

- Emir Sader, colunista do 247, é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

 

13 de Janeiro de 2017

http://www.brasil247.com/pt/blog/emirsader/274960/Lula-2017.htm

 

https://www.alainet.org/pt/articulo/182843
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